No mês de Outubro, as famílias cristãs são chamadas a cuidar da inscrição dos seus filhos e netos na Catequese, para lhes proporcionar que a alegria da fé comece a despertar e se fortaleça nos seus corações.
As famílias têm o
dever de cuidar da transmissão da fé às novas gerações, e estas têm o
direito de receber os fundamentos da fé de seus pais e as tradições e
valores a ela associados.
Embora se tenha
verificado uma dinâmica secularista muito forte na nossa sociedade, as
famílias estão a reconhecer a importância da Catequese na formação dos
seus filhos, o que é muito positivo e nos deve incentivar a todos nas
paróquias a apostar na formação dos catequistas e na formação de
adultos, sobretudo através de cursos bíblicos, jornadas do Evangelho,
lectio divina, e outras possibilidades para ajudar as famílias a
aprofundar a mensagem bíblica.
Recordamos o nº 67 da exortação apostólica Catechesi Tradendae, a Catequese para Hoje, que nos ajuda a refletir sobre a importância da Catequese Paroquial:
“A
comunidade paroquial deve continuar a ser a animadora da catequese e o
seu lugar privilegiado.” É, por isso, necessário “que se continue a
dar-lhe de novo estruturas adequadas, conforme for preciso, e sobretudo
novo impulso mediante a integração crescente de membros qualificados,
responsáveis e generosos.”
“Dito
isto, e tendo em conta a necessária diversidade dos lugares de
catequese — a própria paróquia, as famílias que acolhem crianças e
adolescentes, as aulas de religião nas escolas do Estado, as
instituições escolares católicas, os movimentos de apostolado que mantêm
tempos reservados à catequese, os centros abertos a todos os jovens, os
«fins de semana» para formação espiritual, etc. — importa sobremaneira
que todos estes canais catequéticos convirjam realmente para uma mesma
confissão de fé, para uma comum consciência de pertencer à mesma Igreja e
para uma fidelidade aos compromissos na sociedade, vividos com o mesmo
espírito evangélico: «... um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só
Deus e Pai ...».”
“(…)
Em resumo, sem monopolizar nem querer uniformizar, a paróquia, como se
disse acima, continua a ser o lugar privilegiado da catequese. Precisa
para isso de reencontrar a sua vocação neste aspeto, que é a de ser a
casa de família, fraterna e acolhedora, onde os batizados e confirmados
tomam consciência de ser Povo de Deus e onde o pão da boa doutrina e o
pão da Eucaristia lhes são repartidos com abundância, no quadro de um
único ato de culto (117); é daí que são quotidianamente reenviados para a
sua missão apostólica em todos os sectores da vida do mundo.”
Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa
Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa
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