Muitas pessoas interrogam: «Porquê mandar os meus filhos à
catequese? É importante? Eles já se cansam da escola! E, depois, é sempre a
mesma coisa: moral e mais moral!»
Encontra-se, igualmente, muita gente que já nem faz estas perguntas, ou
que nem espera as respostas. Porque já tomaram a decisão de não levar os filhos
à catequese – ou deixam a eles a iniciativa de pedir para ir – e também já não
dão muita importância à prática da fé, pela participação na missa, por exemplo.
Para muitas pessoas, a preocupação em relação à Igreja é meramente
social: batismo (por tradição), primeira comunhão (para acompanhar os amigos),
crisma (para ser padrinho ou madrinha).
Mas, afinal, para que serve a catequese? Para muita gente
significa «aprender a doutrina». E o que é isso? Leis, mandamentos, proibições…
para a maioria, sem conhecer e entender a fundo, coisas desatualizadas!
Para a Igreja, a catequese serve para revelar a Pessoa que, de
maneira extraordinária e inovadora, viveu e nos ensinou orientações para
crescermos de forma equilibrada e feliz, com saúde física, mental e espiritual:
JESUS CRISTO!
E isso faz-se em diversos anos, para acompanhar a evolução
intelectual e afectiva das crianças. Porque à descoberta intelectual de Jesus
Cristo, pela leitura da Bíblia, há que associar-se a adesão de amizade e
apaixonada ao estilo de vida que Ele propõe.
Aos catequistas, pede-se que nunca se esqueçam de mostrar às
crianças a personalidade sedutora de Deus: Pai, Jesus e Espírito Santo. Mais do
que falar de Deus, de transmitir doutrinas, que a catequese sejam encontros para
falar com Deus, para sentir a sua presença.
Aos pais e à sociedade pede-se que abordem a Bíblia e toda a
mensagem cristã como pedagogia para a vida. A tendência natural da educação das
famílias e da sociedade é querer preparar as crianças como se tudo corresse bem
e não fossem encontrar nunca dificuldades na vida. Mas quem as prepara para as
dificuldades? Quem as habilita para não se deixarem traumatizar pelos
obstáculos e sofrimentos? Quem as ensina a pensar com liberdade e consciência
crítica, a gerir com maturidade os pensamentos e emoções, a expandir a arte da
contemplação do belo na natureza e em cada ser vivo, a dar sem contrapartidas,
a colocar-se no lugar do outro e a considerar as suas dores e necessidades? O
maior e melhor educador é Jesus Cristo.